É isso aí, amigos. Hoje eu vibrei muito e me emocionei com a vitória de um cara muito talentoso e gente fina: TONY KANAAN. Após alguns anos chegando perto desta tão sonhada conquista, hoje deu tudo certo: habilidade e sorte comungaram juntas ao seu favor. Largando da 12ª posição, nas primeiras voltas já estava entre os líderes e batalhou durante toda a prova contra Marco Andretti e Ryan Hunter-Reay, entre outros pilotos, e assumiu durante várias vezes a primeira posição,. A cada relargada, dava show, sempre ganhando posições importantes. Nas últimas 50 voltas (a fase decisiva da corrida) das 200, a prova fica mais tensa e emocionante, pois nesta janela temos a última parada para reabastecimento e ninguem pensa mais em economizar combustível. Num momento o TONY chegou a cair pra 5ª posição, mas com cabeça fresca e perícia conseguiu escalar novamente o pelotão da frente.
No momento da penúltima bandeira amarela, restando sete voltas, Kanaan era segundo, atrás do atual campeão da Indy. Na relargada, restando três voltas, eu abraçado com meu filho, torcendo feito um louco e querendo ajudar a empurrar o carro do bom baiano pra frente, vimos TONY jantar o Hunter-Reay na relargada, tendo Marco Andretti e Carlos Munoz na sua cola também. Aí, a velha sorte de campeão sorriu pra ele, quando Dario Franchitti (campeão das 500 milhas em 2012) bateu e a prova terminou em bandeira amarela. Aqui no Brasil, TONY chorou quando seu carro parou com pane seca na reta do sambódromo, em frente à torcida, quando tinha grande chance de faturar a corrida em casa. Mas hoje, chorou foi de felicidade. E ele merece. Eu também não consegui segurar uma lágrima no canto dos olhos, também de felicidade, pois sempre fui muito fã desse baiano narigudo, hehe. Um cara com postura humilde e acessível aos fãs, que já foi campeão em 2004 e faltava ganhar essa que é a corrida mais espetacular do automobilismo mundial.
Detalhe: a 97ª edição da Indy 500 teve um número recorde de 68 trocas na liderança, totalizando 14 pilotos diferentes.